Não se sabe ao certo como e quando surgiu a comunidade, mas, segundo alguns cidadãos do Distrito a História da comunidade é relacionado com a história do Rio local. Conta-se que dois rapazes tinham ido pescar num local, rodeados de rochas e uma pequena correnteza próxima às primeiras casas da vila, local denominado pelos antigos moradores, como “Pedra da moça”. Ao realizar a pesca de “loca”, nome dado a forma de pescar colocando as mãos sobre as falhas das rochas, no intuito de capturar peixes e crustáceos que ali habitava, um dos rapazes percebeu que seu colega estava demorando para retornar a superfície da água e ao mergulhar para saber o que estava acontecendo, avistou o companheiro afogando-se em pânico com a mão presa na rocha. Desesperado para salvar seu amigo que estava quase morrendo afogado, começou a puxá-lo com toda a sua força, mas nada adiantava, foi aí que no desespero, retirou uma faca da sacola que estava a beira do rio e decepou a mão do companheiro no intuito de salvá-lo e por muita sorte, conseguiu o que seria o impossível. O amigo sobrevive a tal circunstância.
Este fato teve uma enorme repercussão na época pelas redondezas, todos vinham vê de perto onde aconteceu a tal façanha e como conseqüência o local geograficamente foi ganhando referências, como: “o rio onde o rapaz cortou a mão”, “a vilazinha onde o moço cortou a mão” “ a estrada por onde homem cortou a mão” e assim por diante. Depois de algum tempo o Rio da vila passou a ser chamado de Rio Corta-Mão e posteriormente a vila passou a ser chamada de Corta-Mão.
O crescimento da Vila surgiu com a implantação da estrada de ferro e da construção da Estação ferroviária na atual Rua da Estação, o transporte ferroviário proporcionou um fluxo muito grande de pessoas e com o movimento a vila foi crescendo e surgindo novas ruas e posteriormente uma estrutura mais urbana, como: Igreja católica tendo como padroeiro o Senhor do Bonfim, delegacia, escolas, cartório de registros civil, armazéns de compras e vendas, carpintaria e mercearia.Logo se formou uma pracinha no centro como a instalação de pequenos comércios e o surgimentos de algumas ruas.
As pessoas viviam quase exclusivamente da agricultura, principalmente do cultivo de café, cana-de-açúcar, mandioca, fumo e produtos de subsistência. Tinha inclusive uma feira que acontecia aos domingos e nela eram vendidos diversos produtos como: farinha, rapadura, carnes de boi e porco, feijão, tecidos e outros. Os tropeiros da caatinga traziam couro, feijão e outros produtos para vender na feira e compravam a farinha e rapadura produzidas no Distrito. O meio de transporte utilizado pelas pessoas era através da montaria de animais, a pé e o trem de ferro.
Segundo o Sr. Antonio Pires (18/12/09) “ a vila ia se desenvolvendo de forma muito rápida foi até chamada por muitos moradores na época de “São Paulinho” fazendo uma referencia a cidade de São Paulo que tinha o maior destaque no Brasil na época.”
O crescimento da Vila surgiu com a implantação da estrada de ferro e da construção da Estação ferroviária na atual Rua da Estação, o transporte ferroviário proporcionou um fluxo muito grande de pessoas e com o movimento a vila foi crescendo e surgindo novas ruas e posteriormente uma estrutura mais urbana, como: Igreja católica tendo como padroeiro o Senhor do Bonfim, delegacia, escolas, cartório de registros civil, armazéns de compras e vendas, carpintaria e mercearia.Logo se formou uma pracinha no centro como a instalação de pequenos comércios e o surgimentos de algumas ruas.
As pessoas viviam quase exclusivamente da agricultura, principalmente do cultivo de café, cana-de-açúcar, mandioca, fumo e produtos de subsistência. Tinha inclusive uma feira que acontecia aos domingos e nela eram vendidos diversos produtos como: farinha, rapadura, carnes de boi e porco, feijão, tecidos e outros. Os tropeiros da caatinga traziam couro, feijão e outros produtos para vender na feira e compravam a farinha e rapadura produzidas no Distrito. O meio de transporte utilizado pelas pessoas era através da montaria de animais, a pé e o trem de ferro.
Segundo o Sr. Antonio Pires (18/12/09) “ a vila ia se desenvolvendo de forma muito rápida foi até chamada por muitos moradores na época de “São Paulinho” fazendo uma referencia a cidade de São Paulo que tinha o maior destaque no Brasil na época.”
A energia antes era através de lampião nos postes com óleo de baleia e posteriormente pelo meio de uma pequena usina construída na atual Rua do Riachão através de um gerador. O lazer dos moradores era as grandes festas, como: terno de Reis, carnaval, as rezas dos santos de devoção, festas de roda, samba de roda, as festas juninas com comidas típicas e as missas dominicais. Nas festas tocava-se sanfona, pandeiro e instrumento de sopro, tinha inclusive um banda filarmônica que tocavam nas principais festas da comunidade.
Segundo Firme de Jesus e Edite Moura (14/12/09) “Não havia postos de Saúde na época, muitas pessoas quando adoeciam, recorriam aos remédios caseiros e homeopáticos das farmácias de Amargosa e São Miguel das Matas, como também, as benzedeiras, parteiras e até mesmo nos terreiros de candomblé. As residências da maioria das pessoas que residiam nas proximidades da vila eram de palhas e taipa, não havendo nenhum saneamento básico. Algumas pessoas eram voluntárias para aplicar injeções, engessar braços e pernas fraturadas e realizar procedimentos de saúde de forma clandestina.” Vale ressaltar que uma destas pessoas voluntárias era o Senhor José da Rocha Barbosa, cujo nome foi homenageado na nossa Unidade de saúde da Família.
Certo tempo alguns moradores tentaram mudar o nome do Distrito de Corta-Mão para Olinda do Bonfim, porém não conseguiram, pois o nome Corta-Mão já estava impregnado na cultura e no coração da maioria.
Segundo Firme de Jesus e Edite Moura (14/12/09) “Não havia postos de Saúde na época, muitas pessoas quando adoeciam, recorriam aos remédios caseiros e homeopáticos das farmácias de Amargosa e São Miguel das Matas, como também, as benzedeiras, parteiras e até mesmo nos terreiros de candomblé. As residências da maioria das pessoas que residiam nas proximidades da vila eram de palhas e taipa, não havendo nenhum saneamento básico. Algumas pessoas eram voluntárias para aplicar injeções, engessar braços e pernas fraturadas e realizar procedimentos de saúde de forma clandestina.” Vale ressaltar que uma destas pessoas voluntárias era o Senhor José da Rocha Barbosa, cujo nome foi homenageado na nossa Unidade de saúde da Família.
Certo tempo alguns moradores tentaram mudar o nome do Distrito de Corta-Mão para Olinda do Bonfim, porém não conseguiram, pois o nome Corta-Mão já estava impregnado na cultura e no coração da maioria.
No entanto, a vila foi perdendo o acelerado desenvolvimento com a decadência do transporte ferroviário, com o fim dos trens de ferro a sede da vila praticamente estagnou-se e entrou numa inércia espacial.
Este problema se configurou de fato com as enchentes acontecidas nos anos de 1914 e 1960 onde praticamente destruiu toda a sede da vila, A mesma foi reconstruída, mas não conseguiu retomar o crescimento, pois muitos moradores foram embora após ter perdido tudo e com o fim da estrada de ferro a Vila só conseguiu ser sede do Distrito do município de Amargosa.
Este problema se configurou de fato com as enchentes acontecidas nos anos de 1914 e 1960 onde praticamente destruiu toda a sede da vila, A mesma foi reconstruída, mas não conseguiu retomar o crescimento, pois muitos moradores foram embora após ter perdido tudo e com o fim da estrada de ferro a Vila só conseguiu ser sede do Distrito do município de Amargosa.
Atualmente, entre os três Distritos do município de Amargosa, Corta-Mão se destaca como o maior em extensão territorial, como também, economicamente. Localizado totalmente na zona da mata a uma distancia de 18KM da sede de amargosa rodeado de rios como: o Corta-Mão, Ribeirão e Capivara e seus afluentes. Possui terras produtivas que produz a maioria dos alimentos que abastece a feira de amargosa. Limita-se com o município de são Miguel das Matas, Laje e Elísio Medrado.
O Distrito é composto por várias localidades circunvizinhas que se desloca até a sede Corta-Mão para utilizar os serviços disponíveis, como: Comércio, USF, Escolas, Cartório, Igrejas e profissionais autônomos. A sede do distrito tem aproximadamente mais de oitocentos habitantes e de forma geral mais de quatro mil.
Por fim, Corta-Mão está repleto de potencialidades para um maior crescimento e desenvolvimento sustentável, porém existe muito a fazer por parte do poder público como também dos próprios moradores. Talvez quando todos perceberem de fato estas potencialidades que a sede oferece possa haver uma melhoria na qualidade de vida da população local e quem sabe o Distrito volte a ser o destaque da região como foi no inicio de sua formação.
Ivanildo Silva de Jesus
O Distrito é composto por várias localidades circunvizinhas que se desloca até a sede Corta-Mão para utilizar os serviços disponíveis, como: Comércio, USF, Escolas, Cartório, Igrejas e profissionais autônomos. A sede do distrito tem aproximadamente mais de oitocentos habitantes e de forma geral mais de quatro mil.
Por fim, Corta-Mão está repleto de potencialidades para um maior crescimento e desenvolvimento sustentável, porém existe muito a fazer por parte do poder público como também dos próprios moradores. Talvez quando todos perceberem de fato estas potencialidades que a sede oferece possa haver uma melhoria na qualidade de vida da população local e quem sabe o Distrito volte a ser o destaque da região como foi no inicio de sua formação.
Ivanildo Silva de Jesus
Referência
JESUS, Ivanildo silva de. Agente Comunitário de Saúde e Professor de História e Geografia, Corta-Mão - Amargosa 2009.
Moradores entrevistados da comunidade
Antonio Pires de Melo
Edite Aquina Moura Melo
Firme de Jesus